terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dia de Cosme e Damião



27 de setembro dia de Cosme e Damião, protetores das crianças, festejado em todos os templo,
afroumbandista no Brasil e países praticantes da religião.

Gêmeos Ibeji.
Os gêmeos, Ibeji para os yorubas são objetos de um culto; não são nem Orixás nem Voduns, mas o dado extraordinário desses nascimentos duplos, esta prova viva do principio de dualidade,lhes confere uma parcela de sobrenatural que recai em parte sobre a criança que vem ao mundo depois deles. É indicado sempre tratar os gêmeos de modo igual e partilhar muito equitativamente tudo o que lhes é ofertado. Quando um deles morre com pouca idade, o uso quer que se esculpa uma estatueta representando o defunto e que a mãe leve sempre esta com ela; mais tarde o sobrevivente já crescido terá o cuidado de sempre oferecer à efígie de seu irmão uma parte de seu alimento e bebida. Os gêmeos são para os pais uma garantia de boa fortuna e felicidade.
No Brasil o culto dos gêmeos Ibeji é sincretizado como São Cosme e São Damião. As semanas vizinhas do 27 de setembro, seu dia consagrado, são assinaladas, na Bahia, com festas,muito alegres onde os pratos favoritos dos Ibeji, o carurú, é ofertado às imagens dos dois santos e aos jovens meninos reunidos para essa celebração.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PAE XANGÔ

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilibrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.
Comentar sobre o Orixá Xangô é dispensável pois é muito conhecido dos praticantes de Umbanda. Logo, nos limitamos a comentar alguns de seus aspectos.
O Trono Regente Planetário se individualiza nos Sete Tronos Essenciais, que projetam-se energética, magnética e vibratóriamente e criam sete linhas de forças ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico. Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se, cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá (divindade natural cósmica do Fogo Divino).
Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, Xangô e Egunitá são os pólos magnéticos opostos. Por isto eles se polarizam com a linha da Lei, que é eólica por excelência.
Logo, Xangô polariza-se com a eólica Iansã e Egunitá polariza-se com o eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas regentes do Ritual de Umbanda Sagrada.
O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz sugir sete hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs regentes dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de forças da Justiça Divina
Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimencionais e são irradiadores das qualidades, dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.
Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspéctos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exus e as Pomba-giras, então não vamos comentá-los e nos limitaremos aos regentes dos pólos positivos intermediários, que formam suas hierarquias de Orixás Intermediadores, que pontificam, na Umbanda, as linhas de trabalhos espirituais.
Estes Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, Xangô do Tempo, Xangô da Lei, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram "humanizados" e regem linhas de caboclos que manifestam-se no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e de reação. Eles são os aplicadores "humanos" dos aspectos positivos da Justiça Divina.

OFERENDA: Amalas, velas brancas, ajabo (quiabo batido com rapadura de coco, balas de leite e água) cerveja preta, galo branco, levar na pedreira.


TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DE UMBANDA" DE RUBENS SARACENI